Anorético

Anónimo

Já tinha ouvido falar que existiam raparigas com problemas de anorexia, mas nunca imaginei que um rapaz também pudesse ser anorético, muito menos imaginei que o meu filho sofria desse problema.

Sempre foi um jovem alegre, mas houve uma altura em que se começou a isolar e a fechar no quarto, saindo apenas para ir e vir às aulas. Eu fingia que não entendia o que se passava, até porque nem tinha cabeça para tal, devido aos maus-tratos que sofria por parte do pai dele. Um dia ligaram-me da escola a comunicar que a situação não estava boa, ele tinha caído e partido as duas pernas. A directora de turma deu-me um “puxão de orelhas”, mas bendita a hora em que o deu, porque acordei para a vida e ganhei forças para mudar a situação.

Não foi fácil perceber que tinha descurado o meu filho, mas ele perdoou-me e juntos ultrapassámos a situação. Foi difícil, mas até a nossa relação ficou a ganhar. Ele está forte e saudável e estou confiante que se não fosse este centro de tratamento não seria possível...

Nunca poderei agradecer o que fizeram por nós…

Utilizamos cookies para garantir que o nosso site funcione da maneira mais tranquila possível e para analisar o tráfego da web. Se você continuar a usar o site, concorda com nossa Política de Cookies.
OK