Maldita Cocaína
Foi com o meu namorado que eu conheci a cocaína pela primeira vez. Era muito jovem. Ele prometeu-me que aquilo ia deixar-me mais à vontade para a nossa primeira experiência sexual. Desde aí que tem sido uma espiral de dor, sofrimento, conflitos e desentendimentos.
Nunca consegui acabar um curso, mudei de escola várias vezes. Maldita cocaína!
Nunca consegui ter uma relação emocional durante muito tempo, mudei várias vezes de namorado. Maldita cocaína!
Nunca consegui viver de uma forma estável na minha cidade natal: mudei de residência e de país variadas vezes. Maldita cocaína!
Descobri que por muito que mudasse de sítio ou de pessoas estava sempre mal.
Não conseguia fugir de mim. Foi aqui em VillaRamadas que me ajudaram a olhar para mim. Foi o meu único tratamento.
Hoje sinto-me livre, com respeito próprio e, sei que não preciso da maldita cocaína para “preencher” o meu mal-estar.
É ok ser eu, é ok ser livre.