Viciado em MDMA
Vivi só para as pastilhas de MDMA até ao fim da minha juventude. Festa atrás de festa, fim-de-semana atrás de fim-de-semana, concerto atrás de concerto, Dj atrás de Dj.
Hoje, olhando para trás, considero um desperdício os anos que andei atrás da “felicidade artificial” e ficava sempre ofendido quando diziam:- “Cuidado, estás agarrado às pastilhas…”
Defendia-me sempre com unhas e dentes a dizer que a droga sintética (MDMA) e outras pastilhas não davam ressaca nem causavam dependência. Acreditei que tomar pastilhas era um culto, mas naquela última festa, apanhei um susto.
Contaram-me mais tarde as loucuras que fiz sob efeito daquelas últimas pastilhas de MDMA que tomei.
Quando acordei na cama do hospital, onde permaneci 5 dias, vi a cara dos meus pais e do meu irmão mais novo, de quem já nem me lembrava. A minha mãe com todo o seu amor, falou-me de VillaRamadas e disse que acreditava que existia solução para o meu problema. Foi nesse dia que vi o meu pai chorar pela primeira vez.
Jamais esquecerei esse primeiro dia da minha nova vida.