Medicação Viciante

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Anónimo

A minha namorada é uma adicta de medicamentos em recuperação.

A verdade é que ela sempre teve tendência para ser hipocondríaca, mas eu ignorava sempre que se queixava de alguma coisa. Ora eram dores de cabeça, ora eram dores nas costas, ora eram palpitações e ataques de pânico. Enfim, queixava-se do possível e imaginário.

Por mais que a chamasse à razão não adiantava, por isso fingia que entendia e pronto, ela ficava feliz e parava com as lamechices. Mal sonhava que ela se andava a auto-medicar.

Casámos e corria tudo bem, só que à noite ela trancava-se sempre na casa de banho, meia hora antes de ir dormir. Eu achava que ela ia apenas por os cremes de beleza, mas enganei-me redondamente. Um dia estava a demorar mais tempo do que o normal. Bati à porta e nada, até que desesperado arrebentei a porta com um pontapé.

Estava inanimada e com a pulsação fraca. Chamei de imediato o Inem. Após algumas análises ao sangue comunicaram-me que ela estava viciada em medicação. Não podia acreditar naquilo! Mais grave é que andava a tomar medicamentos que eram incompatíveis.

Quando a confrontei, tentou enganar-me, mas quando a ameacei deixar (claro que era bluff), confessou tudo. Prometeu curar-se desta adição. No centro encontrou toda a ajuda que precisava. Além de se curar desta adição, encontrou equilíbrio para a vida. Percebeu que não eram os medicamentos que a curavam, pelo contrário, estavam a deixá-la doente.

Libertou-se deles por completo. Voltou a casa e parece uma nova pessoa. Confesso mesmo que me voltei a apaixonar pela minha mulher, se já gostava dela antes, quando estava sob efeito de medicação (sem que eu soubesse), imaginem agora.

Com um tratamento de seis meses e a nossa vida mudou.

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