Medicamentos? Só com receita médica

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Anónimo

Decidi que depois de tudo o que este centro de tratamento fez por mim e especialmente pela minha adorada filha, não podia deixar de dar o meu testemunho.

Quem sabe se não é uma forma de dar força e coragem a outras pessoas que estejam a viver uma situação idêntica à que eu vivi e que ainda não tenham pedido ajuda.

Tinha a minha filha adolescente e uma dor forte abalou a nossa estrutura familiar. A minha mulher, faleceu de repente vítima de um tumor maligno. Fiquei sem o meu pilar, o amor da minha vida. Fui-me de tal forma abaixo, que a minha filha ficou desamparada, também ela em sofrimento e a ter que lidar com a situação.

Eu refugiava-me no trabalho e ela no quarto. Mal nos cruzávamos, porque quando chegava a casa, ela estava fechada no seu mundo e eu pensava que ela estava triste e que a tinha que respeitar. Nem sequer desconfiava que ela já não saia de casa há imenso. Pior, estava com uma depressão.

Mal pressenti isso, levei-a de imediato a um psiquiatra, que lhe receitou inúmeros medicamentos. Eu achei aquilo exagerado, mas ele era médico, por isso confiei. Contudo, ela começou a tomar outros que pesquisava na internet. Retomou a vida escolar e com amigos, mas andava que nem uma “morta-viva”, sempre cansada, com sono e sem reagir a nada.

Um dia, quando ela estava nas aulas, entrei-lhe no quarto e assustei-me com o que vi. Eram caixas e mais caixas de medicamentos. Eu estava incrédulo com o que via. Nem sei como é que ela ainda não tinha tido nenhuma intoxicação. Antes que fosse tarde demais, decidi tomar uma atitude que ela considerou muito radical, mas que hoje me agradece todos os dias.

Levei-a para este centro de tratamento e ela, um pouco contra vontade, lá foi. Foi de imediato bem recebida por todos, era a coqueluche da equipa terapêutica e dos pacientes. Com o passar do tempo, comecei a ver a minha filha a ganhar um brilho no olhar que já não via há muito. Eu também acabei por fazer terapia, se bem que para processar a morte da minha mulher.

Tudo isto, levou-nos a criar uma enorme cumplicidade que veio fortalecer a nossa relação. Hoje tenho a minha querida filha de volta a casa.

É curioso, pois sinto que ela é que cuida de mim e assim vamos vivendo um dia de cada vez, sempre com um sorriso e com a convicção que na vida tudo tem um propósito e que por mais duras que as situações possam ser, vamos sempre tirar uma lição de vida.

Obrigada, por me terem devolvido o meu “anjinho”.

Sem vocês não conseguia.

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