Aprender a acreditar
Sempre acreditei em histórias de amor, daquelas que duram uma vida, mas que nos dias de hoje são cada vez menos comuns. Assim, pensava que iria ser a minha. Depois de alguns anos maravilhosos de namoro, eis que o meu querido namorado me faz o tão desejado pedido de casamento. Foi como um conto de fadas…
Pouco tempo depois deu-se o casamento e em menos de dois anos nasceu o nosso primeiro filho. Não podia ter pedido mais na vida, assim pensava eu. E ainda tivemos mais uma filhota. Era a imagem da família perfeita.
Mas como nem tudo são rosas, tive um espinho muito duro: o meu marido traía-me e quis sair de casa. Foi horrível e sem saber lidar com a situação viciei-me em comprimidos para descansar. Só queria dormir, porque pelo menos assim não sentia a dor. Um dia coloquei em risco um dos meus filhos e decidi por um travão neste consumo, entrando em tratamento.
Quando fiquei recuperada, voltei a ter forças para reconstruir a minha vida, mas um novo golpe fatal: a morte da minha melhor amiga, que tinha sido o meu pilar, vítima de um cancro. Não consegui aguentar e voltei a consumir medicamentos compulsivamente.
Só parei quando conheci o meu atual companheiro, aquele que me fez voltar a acreditar no amor. Deu-me força para fazer um tratamento consistente para acabar com esta adição. Foi assim que o centro entrou na minha vida e me fez acreditar na felicidade. Hoje vivo um dia de cada vez, não dando nada por garantido e tendo consciência de que a vida não é perfeita, mas que devemos aproveitá-la ao máximo.
Aqui voltei a acreditar no amor e na vida…