Base para não recair
O meu primeiro contacto com a droga foi bastante cedo. Andava na escola e o meu grupo de amigos gostavam de fumar uns charros e mais tarde passaram a drogas mais pesadas. Para não ficar mal, experimentei e daí a tornar-me viciado em cocaína foi um ápice. Dinheiro não era problema, porque vivia numa família com grandes possibilidades financeiras.
Só quando era adolescente é que os meus pais se aperceberam da situação e foi quando fiz o meu primeiro tratamento. Mantive-me limpo durante quatro anos, até que entrei na faculdade e voltei a fumar charros. Pensava que iria conseguir controlar e não passaria disso, mas enganei-me redondamente e depressa recaí.
Passava os dias a ressacar, faltava às aulas, dormia e consumia, era a minha rotina. Perdi dois anos do curso e os meus pais entraram mais uma vez em acção. Tinham boas referências deste centro de tratamento e pensavam que podia fazer a diferença. A verdade é que fez mesmo! Seis meses de terapia mudaram a minha vida para sempre. Recuperado voltei a estudar, formei-me, constituí família e dentro de um mês vou ser pai. Sempre que me sinto fragilizado sei que não estou só.
Aqui encontrei as bases que me faltavam na vida.