Batalha vencida

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Anónimo

A vida prega-nos muitas partidas e a maior delas foi quando descobri que o meu irmão com apenas 18 anos já era adicto em cocaína.

Falei com ele, para entender o que o tinha levado a tal vício. Tudo tinha começado numa brincadeira de amigos… Como irmã mais velha dei-lhe a mão e ajudei-o a ter ajuda. Correu bem e parou de consumir. Seguiu a vida em frente. Formou-se, casou e teve filhos.

Sempre que falava com ele, prometia-me que há muito que não consumia. Acreditava nele, porque sentia que estava a ser sincero. Uma tragédia abateu-se sobre a família com a morte de um dos seus filhos, uma leucemia fulminante tirou-o de nós.

O meu irmão estava muito em baixo e aconselhei-o a pedir apoio psicológico, mas recusou. Tentei estar por perto e alerta a todos os sinais. Temia que recaísse e que voltasse a consumir. E a verdade é que acabou por recair. Quando me apercebi já era tarde demais. Estava completamente viciado. Com o emprego em risco e a mulher a querer deixá-lo, tive que lhe dar um abanão. Não podia perder mais nada na vida.

Tirou uns meses e entrou para tratamento. Foi complicado ter que lidar com emoções tão fortes… Mas recuperava a olhos vistos. Além de fazer o luto pela morte do filho, aprendeu a lidar com a adição. Voltou para casa e junto da família tem conseguido vencer esta dura batalha.

Mas sem nunca esquecer o precioso apoio que tem tido por parte da equipa terapêutica da clínica

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