Vício do Jogo
Estou aqui para contar a triste história que me trouxe até este centro de tratamento.
Aos 23 anos tinha terminado o curso e já tinha uma boa proposta profissional. Como ainda vivia com os meus pais, tudo o que ganhava amealhava. Os meus pais tinham-me ensinado a ser poupado e a juntar para no futuro conseguir comprar uma casa. Como bom filho que era, seguia isso, só que um dia tudo mudou.
Uns colegas meus do trabalho, aliciaram-me a entrar numa partida de póker online. Seria uma forma de jogarmos uns contra os outros e de medir inteligência. Inexperiente, mas sem querer dar o braço a torcer, acedi. Gostei tanto que até me tornar viciado foi um instante. Comecei a jogar sem os colegas, entrando em salas onde a aposta mínima eram 20 euros.
A sorte de principiante ainda me fez ganhar bom dinheiro, só que a maré mudou e nem o que tinha guardado no banco me chegava. Pedia dinheiro emprestado e usava cartões de crédito. Os meus pais aperceberam-se de que eu não andava bem e depois de muito me pressionarem contei-lhes o meu vício no jogo. Mas já era tarde, já estava neste meio há três anos e apinhado em créditos.
Destroçados os meus pais comprometeram-se em pagar as dívidas, mas como troca tinha que entrar para um tratamento e foi ai que VillaRamadas entrou na minha vida. Aqui aprendi muito e depois de ter terminado, senti que foi graças a este tratamento que me tornei numa pessoa melhor. Voltei a trabalhar e estou prestes a comprar casa. Arranjei uma namorada e fazemos planos a dois. Ela sabe do meu passado e apoia-me.
Foi um vício que me destruiu, mas que também me fez renascer.