De ninfomaníaca a sexóloga

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Anónimo

Hoje não tenho vergonha em admitir que sou viciada em sexo.

Por mais estranho que possa parecer, principalmente por ser uma mulher, a verdade é que desde os meus 6 anos que comecei a despertar para o meu corpo. Interrogava tudo e às escondidas dos meus pais, via filmes pornográficos que o meu irmão tinha escondidos debaixo da cama.

Depois, o facto de a minha mãe tomar conta de crianças com uma idade próxima da minha, levava-me a tocá-las e a descobrirmo-nos uns aos outros. Perto dos 8 anos, esta situação terminou, talvez porque foi quando entrei para a catequese.

Aos 14 tive o meu primeiro amor e depois, com 16 anos, perdi a virgindade e gostei tanto, que a partir daí tinha que ter relações sexuais pelo menos uma vez por dia. Como os meus colegas de escola também estavam numa fase de descoberta, arranjava sempre parceiro.

Aos 18 anos envolvi-me com um rapaz e com uma rapariga, foi das experiências mais loucas da minha vida. Só que dada a loucura, acabava por esquecer de me proteger, apesar de tomar a pílula e com tanto envolvimento sexual, acabei por apanhar o vírus do HIV. Fiquei para morrer no dia em que recebi o resultado dos exames.

Aí tive que revelar aos meus pais parte da situação. Eles não aceitaram e expulsaram-me de casa. Tive que ir viver com uma amiga e sem meio de subsistir, decidi fazer do prazer uma forma de ganhar dinheiro. Viciada em sexo, queria sempre mais e mais, levando uma vida louca, disposta a experimentar de tudo um pouco. Sentia-me bem assim e sem sentir necessidade de ter uma relação estável.

Tinha clientes ocasionais e clientes habituais. Entre os habituais, um destacou-se pela forma carinhosa como me tratava. Criámos uma cumplicidade, até que ele começou a ficar obcecado comigo e a perseguir-me. Daí até começar a bater-me foi um passo.

Um dia não aguentei e pedi ajuda à minha família, que já tinha cortado relações comigo. Os meus pais ajudaram-me, mas disseram que em troca eu tinha que fazer um tratamento para curar o meu vício por sexo. Eu concordei e lá fui visitar o centro de tratamento. O início foi terrível, estava sempre a tentar envolver-me com os pacientes. Até que comecei a levar o tratamento mais a sério e percebi que conseguia controlar-me e a dar valor a outras coisas.

Foram meses intensos, mas hoje digo orgulhosamente que consegui.

Regressei a casa dos meus pais, voltei a estudar, formei-me no estrangeiro e ironicamente tornei-me sexóloga. Tenho uma imensa gratidão pelo centro e para com os meus pais que apesar de me terem fechado a porta uma vez, tiveram a humildade de reconhecer o erro que cometeram e deram-me a mão.

Sou feliz, tenho uma relação estável, uma carreira que me preenche, um filho maravilhoso… que mais podia pedir?

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