Tratamento da Dependência do Álcool
Nem todos os sujeitos que consomem álcool são alcoólicos, ou seja, nem todos os que bebem precisam de fazer um tratamento.
O consumidor social bebe moderadamente, não perdendo o controlo. Já o consumidor excessivo, por seu lado, perde o controlo dos seus atos. Enquanto o alcoólico, já num estado de dependência física e psicológica, perde com frequência a memória dos seus comportamentos sob a influência desta substância.
É este último grupo de indivíduos que pode necessitar de ajuda profissional para se livrar desta terrível dependência.
Muitas vezes, não temos a noção dos malefícios que implicam ignorar ou minimizar um problema como este.
Não obstante, os números falam por si. Dizem as estatísticas que as mulheres que ingerem três ou mais doses de bebida alcoólica por dia correm o mesmo risco de desenvolver cancro da mama do que aquelas que fumam um maço de tabaco no mesmo período de tempo.
Uma dose de álcool é o equivalente a um copo de vinho tinto, uma lata de cerveja ou 30 mililitros de bebida destilada.
Entre os jovens, e apesar de todos os esforços de prevenção que têm sido efetuados aos mais variados níveis, tem-se verificado um aumento expressivo no consumo de álcool. Estudos realizados indicam que mais de metade do universo de alunos dos 7.º, 8.º e 9.º anos já beberam álcool, mesmo que a título experimental. Uma percentagem superior a 30 por cento (30%) dos inquiridos tinha já ficado embriagada. O mais alarmante é que a maioria não se apercebe do perigo que o álcool representa. Só 30,46% dos sujeitos compreende que consumir bebidas alcoólicas (quase) diariamente acarreta muitos riscos.
O alcoolismo começa, amiúde, como uma brincadeira, uma forma de divertimento, ou uma maneira de esquecer as contrariedades, “afogando” assim os sentimentos indesejados.
A dada altura, os efeitos negativos da abstinência desta substância – ressaca - os prejuízos para a saúde, a possibilidade de fazer algo que venha a provocar arrependimento ou o receio de vir a ter “sarilhos” com a polícia, são ultrapassados por “mais um copo cheio”.
Entretanto pode chegar-se à fase em que um copo é demais e mil não são suficientes, porque a partir do momento em que se bebe o primeiro, não se consegue mais parar.
Será neste momento que fará todo o sentido procurar, sem demora, um tratamento para a dependência do álcool, sob pena de continuar a viver uma vida dupla, absolutamente infeliz e desonesta.
O álcool não é de meias medidas e a sua dependência conduz, sem qualquer piedade, à ruína física, mental e moral!
O dependente de álcool desenvolve como que uma espécie de “alergia” ao álcool, isto é, a ingestão de uma pequena quantidade daquela substância desencadeia-lhe reações perfeitamente desproporcionadas.
O tratamento da dependência do álcool, através das suas diversas abordagens, ajudará o alcoólico a assumir que tem este problema”, reconhecendo que, por essa razão, não lhe é possível beber moderadamente, focando-se assim nas inúmeras potencialidades que possui no seu íntimo, aprendendo a libertar-se de forma a viver uma vida livre e plena.