Heroína - A Droga Anti-Dor
A heroína pertence ao grupo dos opiáceos que são usados na medicina para a supressão da dor. Qualquer opiáceo é fabricado com base na folha da papoila do ópio e a heroína, sendo produzida a partir da morfina, é bastante mais forte. Tendo aparecido como substituto da morfina, devido à rápida dependência que esta originava, a heroína revelou-se um medicamento mais eficiente contra as dores, mas com um grau de habituação ainda superior. Assim, os dependentes de morfina rapidamente se tornaram dependentes de heroína. Curiosamente, a denominação “heroína” advém da expectativa de feitos "heroicos" conseguidos sob o efeito desta droga.
Atualmente, e em determinados tipos de cancro, a heroína pode ainda ser usada aquando do tratamento de doentes em fase terminal.
Apesar de ser a substância ilícita com maior taxa de consumidores, a heroína continua a ser a droga mais problemática, não só por causa das patologias associadas ao seu consumo, como pelas mortes que o seu consumo ocasiona, sendo assim a droga que leva mais consumidores a procurar um tratamento.
Portugal mantém-se no topo dos países europeus com mais consumidores de heroína – entre um a cinco casos por cada mil habitantes entre os 15 e os 64 anos..
Uma das razões explicativas destes números pode estar relacionada com o facto de Portugal estar situado na Península Ibérica, que é talvez a principal porta de entrada de heroína na Europa.
A heroína diminui a atividade mental dos seus consumidores, podendo provocar sonolência, estado de torpor e de alívio, sensação de leveza e prazer, pupilas contraídas e atenuação da dor.
Por outro lado, é passível de fazer baixar a tensão arterial, assim como a frequência respiratória e os batimentos cardíacos, facto este que pode, em situações extremas, conduzir à morte!
Quando se interrompe o seu consumo e, consequentemente, se passa por períodos de abstinência, podem verificar-se sintomas como bocejos, corrimento nasal, dores abdominais, espasmos musculares, olhos lacrimejantes, transpiração abundante, febre, sensações intensas de frio e de calor, tensão alta e pupilas dilatadas.
A overdose pelo consumo excessivo de heroína é uma das principais causas de morte no seio dos jovens da Europa. Ainda assim, são os jovens que mais procuram o tratamento como forma de resolver o seu problema.
Segundo alguns dados, serão mais de 600 mil pessoas, aquelas que procuram e se sujeitam a tratamentos para se livrarem da dependência da heroína, anualmente.
Dá que pensar…