Fobia Social - A ansiedade de estar com "os outros"
A fobia social é considerada uma perturbação de ansiedade social.
Pode ter a sua origem em experiências de humilhação – vividas em público ou tornadas do conhecimento geral – sobretudo se reiteradas.
Perante uma humilhação, física ou verbal, a autoestima da pessoa sofre um cruel ataque e ela começa a depreciar-se e a desvalorizar-se.
Por outro lado, a atitude da pessoa que humilha concorre para que o sujeito forme um conceito generalizado de todos aqueles que o rodeiam como fortes e agressivos.
O conceito de si próprio(a) fica, assim, repassado do pouco valor pessoal que se atribui e da sensação de impotência perante quem quer que seja.
Este sentir-se frágil, mesclado com a perceção do outro como forte e hostil, é sobremaneira vulgar na fobia social.
Embora existam fatores genéticos e bioquímicos que predispõem para a doença, a fobia social pode ser mitigada através de processos terapêuticos que ajudam, entre outras coisas, a controlar o quadro ansioso e a prevenir os ataques de pânico.
Há muitos tipos de tratamento para a fobia social, uns que enveredam mais pela farmacologia, outros pela psicoterapia, outros que combinam uns com os outros.
A eficácia de cada uma das abordagens depende, no entanto, de diversas variáveis, incluindo o carácter do paciente e a empatia estabelecida entre ele e o(s) profissional(is) que o está(ão) a acompanhar.
Os desfechos diferem, igualmente, de paciente para paciente.
A fobia social é geradora de grande insegurança, pela incerteza de, a qualquer momento, a pessoa com esta doença se vir a confrontar com alguma situação que, para si, constitua perigo.
Não obstante a tentativa de se munir de todas as defesas possíveis e de evitar ao máximo os contactos sociais, há uma vida e obrigações que impõem, muitas vezes, a que se arrisque, o que despoleta uma enorme ansiedade. A maioria dos sujeitos com fobia social vivem em permanente estado de isolamento e/ou alerta.