Internamento para a Dependência da Internet

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Quando a obsessão do dependente atinge determinados níveis torna-se absolutamente incapacitante, porque as compulsões associadas consomem a maior parte do seu tempo, dos seus interesses e das suas energias.

Nesta altura, é essencial que haja uma intervenção especializada que permita ao indivíduo, numa primeira fase, consciencializar-se do seu problema, pois só assim se poderá aperceber da sua real situação e converter-se no seu próprio “coterapeuta”.

Esta tomada de consciência passa pelo distanciamento da fonte da sua obsessão – a Internet – de forma a cultivar uma certa imparcialidade que lhe conferirá capacidade de se autoconhecer e avaliar a ingovernabilidade da sua vida.

O internamento para a dependência da Internet faculta este afastamento de uma vida absolutamente sem regras, sem sentido e sem responsabilidades.

O trabalho continuado da equipa terapêutica e a gradual aproximação ao grupo que estará 24 sobre 24 horas com o sujeito desempenham um papel crucial na sua recuperação.

Aos poucos, vão-se estabelecendo, entre todos os intervenientes do processo de internamento, relações de confiança mútua, devido à partilha de identificações que vai surgindo entre uns e outros, sendo que o paciente, dependente da Internet, começa a adquirir a humildade de pedir e aceitar ajuda.

Este é um processo lento, que requer competências profissionais diversas, amor, paciência e tempo.

Por isso, o internamento para a dependência da Internet apresenta-se, não raras vezes, como a resposta mais adequada a uma patologia com uma frequência crescente, mas gravidade amiúde relativizada ou não reconhecida.

Os grupos de terapia permitem uma riquíssima permuta de experiências, a verbalização, não só de factos ou acontecimentos, mas dos sentimentos relacionados, um sentido de união, uma intuição de igualdade.

Além do mais, fazem-se e acatam-se sugestões, dá-se e recebe-se carinho.

O anonimato, que é muitas vezes procurado pelo dependente da Internet, deixa de ter importância, passando este a sentir-se aceite e querido por aquilo que realmente é e não sabia como definir.

Em terapias individuais, tão frequentes quanto o necessário, o adicto à Internet colhe ensinamentos, elementos de reflexão, eventualmente a perceção das razões que o levaram a evadir-se de si e do mundo mediante a sua dependência, um impulso e uma direção para a mudança.

A terapia cognitivo-comportamental fornecer-lhe-á pistas para, não só assimilar o seu problema (pois a negação é o principal obstáculo ao tratamento), mas, igualmente, para o debelar e apoiar no desenvolvimento de estratégias úteis para evitar a recaída.

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