Dependência de Fármacos (Medicação)

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Na sociedade atual, tem-se verificado um aumento no uso das drogas chamadas “leves”. Por serem “legais”, são mais baratas e fáceis de encontrar.

As principais drogas inseridas nesta categoria são o álcool, o tabaco e os fármacos.

De há uns anos a esta parte, tornou-se quase “moda” recorrer a alguns suplementos, na sua maioria vendidos em farmácias, para estudar melhor, recorrendo-se, para esse fim, ao consumo de psico-estimulantes destinados ao tratamento, por exemplo, da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção.

Este é um quadro exemplificativo de um comportamento que pode originar uma dependência da medicação.

Efetivamente, a sensação de aprender melhor à custa das anfetaminas é totalmente ilusória, já que, ainda que estas possam estimular a memória a curto prazo, não atuam necessariamente sobre a capacidade cognitiva e, quando passa o efeito do medicamento, passa também a recordação de tudo aquilo que se estudou!

Na verdade, a inteligência ainda não se vende em comprimidos... E uma semana pode ser o tempo necessário para criar uma dependência do fármaco que se consome, variando este período de acordo com as características pessoais (físicas e psicológicas) de cada um.

Os efeitos do consumo abusivo destes fármacos para a saúde são passíveis de contemplar problemas graves no fígado, surtos psicóticos e um vasto leque de outras consequências e complicações.

A possível euforia motivada pela energia das anfetaminas é suscetível de se intercalar com estados de profunda depressão, quando falta essa energia.

No extremo, há quem necessite de consumir fármacos para conseguir cumprir com a totalidade das suas ações diárias – um comprimido para acordar, um para tomar duche, um ao pequeno-almoço para abrir o apetite, outro ao almoço para o perder, um para andar mais depressa seguido de um outro para acalmar... E por aí fora até chegar à noite, quando se consome aquele(s) que lhe há-de trazer o sono.

Ao contrário do que se possa pensar, esta dependência, tal como qualquer outra, pode igualmente levar a pessoa que dela padece a endividar-se profundamente, ou não se tratasse de uma verdadeira adição, com todos os contornos que a obsessão define.

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