Vencer a Recaída

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A recaída, ao contrário do que muitos possam pensar, não acontece de um momento para o outro.

É um processo que tem uma infinidade de razões, que muitas vezes nem o próprio é capaz de identificar.

O que ocorre na maioria das vezes é o julgamento apressado de situações de recaída, sem pensar sequer na culpa e na vergonha que o recaído experimenta, nem nos hipotéticos contributos que “outros” possam ter tido neste ato de desespero, porque, na maior parte da vezes, é mesmo de desespero que se trata.

Nestes casos, o que importa é compreender o que despoleta os comportamentos-limite.

Diversos sinais da iminência de uma recaída podem aparecer, mas raramente são reconhecidos, culminando numa fase em que apenas três destinos são visíveis: a loucura, o suicídio ou o regresso à adição ativa.

Numa primeira fase, a recaída manifesta-se por não se conseguir pensar com clareza, lidar com os próprios sentimentos, perturbações de sono e de memória, encontrando-se dificuldades em lidar com o stress, coordenar os movimentos e ser-se invadido por sentimentos de vergonha, culpa e desespero.

Posteriormente, regressa o estado de negação, perdendo-se a capacidade de ser honesto relativamente aos pensamentos e sentimentos.

Finalmente, já não querendo pensar ou falar sobre o seu desconforto, o adicto faz de tudo para não ter de olhar para dentro de si: preocupa-se com os outros, assume comportamentos compulsivos, isola-se, ergue barreiras de defesa à sua volta...

A depressão, entretanto, chega e acomoda-se.

Perde-se o sentido da realidade e da real proporção das coisas.

Olha-se mais para o negativo e sente-se o fracasso em tudo o que se faz.

Perturbado e irritado, o indivíduo passa a reagir de forma exagerada e a confusão é uma inevitabilidade.

Neste processo de recaída, o adicto reconhece a sua perda de controlo, quebrando a negação e entrando de seguida num estado de autopiedade.

As mentiras conscientes repovoam de novo o seu dia-a-dia, desenvolvem-se ressentimentos irracionais, interrompe-se a recuperação e mergulha-se no mar da solidão, da frustração, da raiva e da tensão permanente.

Só vê uma solução: reincidir no “uso”, com provável colapso físico e emocional usando o lema «perdido por cem, perdido por mil».

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