Obsessiva Forçada

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Anónimo

Não podia deixar de vir aqui agradecer por escrito a este centro de tratamento, que tanto fez pela minha querida filha, que tanto sofreu e que acredito que ainda continua a sofrer, apesar de já ter aprendido a lidar com a situação.

Pobre apaixonada, namorou com um rapaz que era o seu grande amor de infância. Quando atingiu os 20 anos, cruzou-se com ele a caminho do trabalho e a partir daí não perderam mais a ligação. Namoraram cinco anos, até que ela terminou a relação. Eu e o pai ficámos surpresos com esta situação, porque sempre tínhamos gostado do rapaz.

Ela escondeu os verdadeiros motivos da separação, disse apenas que já não o amava e que queria seguir um novo rumo da vida. Ainda a incitei a ponderar, só que ela estava determinada. Durante um mês andava calma, ia às aulas na faculdade e saía apenas para ir beber um café ou ao cinema.

Um dia, já estava a dormir e fui acordada com um telefonema do hospital: a minha filha tinha sido internada. Em pânico, nem me lembrei de perguntar o que se passava, só queria era despachar-me para ir ter com ela e protegê-la. Quando soube que tinha sido violada pelo ex-namorado, fiquei para morrer. Como é que ele me tinha conseguido enganar tanto, com aquele ar de rapaz bem comportado?

Em choque, fizemos logo queixa na polícia e foi preso de imediato. A minha filha quando regressou a casa estava outra. Passava os dias a tomar banho por horas intermináveis e a desinfectar-se. Ela que sempre tinha sido uma pessoa carinhosa, não permitia que ninguém lhe tocasse. Com tanta lavagem e desinfecção, andava com o corpo em ferida.

Tinha desenvolvido um transtorno obsessivo compulsivo e era preciso ajuda urgente. Entrou neste centro de tratamento, que me devolveu a minha menina. Menos inocente, mas mais aberta ao contacto humano. Depois de ainda ter sofrido com o transtorno durante dois anos, foi um alívio tê-la de volta.

Enfrentou o passado e aproveitou o que de bom este tratamento lhe deu. Cresceu à força, mas com uma enorme coragem e vontade de viver e ser feliz. Continua a ter apoio dos terapeutas, sempre que se sente a ir abaixo.

Tem sido uma lutadora e não podia estar mais do que orgulhosa da minha menina-mulher.

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