Dependência do Telemóvel

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Hoje em dia, já ninguém se imagina sem telemóvel.

E não foi assim há tantos anos que esta “moda” pegou…

Não obstante, o telemóvel não tem só a ver com o desenvolvimento tecnológico, mas com todo um conjunto de mudanças a nível social e político.

O telemóvel não serve só para telefonar e mandar SMS. É um companheiro e ajuda a organizar a vida, chegando a ter mais uso do que o computador e a Internet.

Há quem o tenha ligado dez horas por dia e há quem também o deixe ligado durante a noite.

A compra de acessórios para personalizar o telemóvel confirma a afeição por um aparelho que entrou em todas as áreas e atividades da vida quotidiana e que representa independência, liberdade e segurança.

A relação com o telemóvel equipara-se, por vezes, a uma relação afetiva com uma outra pessoa.

De uma maneira ou de outra, todos somos um pouco, ou muito, dependentes do telemóvel, sendo a fronteira com a dependência patológica bastante ténue.

A China foi um dos primeiros países a falar da síndrome de dependência do telemóvel, apontando os menores de idade como os mais afetados, havendo características indicativas dos dependentes deste aparelho.

Desde logo, são notórias algumas mudanças de comportamento quando, por qualquer razão, não é possível o uso deste: tiques nervosos (como levar constantemente a mão ao bolso, olhar com agitação para o relógio, procurar o telemóvel sempre que soa o toque de um em redor), irritabilidade e depressão.

Paralelamente, na dependência do telemóvel, os indivíduos nunca o largam, dão-lhe grande importância, recorrem a ele todo o dia como forma prioritária de comunicação, são acometidos por mal-estar e até ataques de ansiedade, angústia e pânico se o telemóvel não está carregado, usam-no para exercer controlo sobre as suas relações sentimentais, sentem uma necessidade veemente de contacto permanente com alguém, sendo o telemóvel o intermediário da comunicação, buscam justificações para o que sabem ser um comportamento desajustado, no que concerne ao uso desenfreado do aparelho...

Basicamente, a indispensabilidade do uso do telemóvel pauta-se mais por carências de cariz afetivo e relacional do que por necessidades objetivas.

Há, no adicto ao telemóvel, uma necessidade enorme de pertença e, muitas vezes, de colmatar a fobia social de que padece ou o medo da solidão.

Embora raramente, o sujeito pode também sentir tristeza, falta de apetite e aborrecimento na ausência deste aparelho.

A dependência do telemóvel faz parte do rol das novas adições, reconhecidas como tal pela semelhança com as dependências já documentadas e pelas proporções que qualquer forma de alienação do mundo, da realidade e de si próprio(a) é passível de assumir numa vida ávida de sentido e de elementos valorativos, como é a de um(a) adicto(a).

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