Tratamento Auto-Mutilação

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Quando alguém anda constantemente de manga comprida, mesmo no Verão, com temperaturas escaldantes, ostenta cicatrizes ou lesões reiteradas que não consegue explicar, se isola e evita situações de exposição do próprio corpo, como ir à praia ou à piscina, podemos desconfiar estar perante um caso de automutilação.

A automutilação consiste num comportamento (dependência) em que se autoinflige sofrimento físico através de facas, tesouras, pontas de cigarro e outros elementos de tortura, aplicando cortes e queimaduras no próprio corpo, a fim de que a dor possa, de algum modo, mitigar o tormento de que a parte psicológica está a padecer.

A angústia e as sensações de vazio e de incompletude apresentam-se de tal forma acutilantes, que quem se automutila acha que só mesmo um sofrimento maior pode apagar um outro que o próprio não sabe gerir. Embora se trate de um ato de agressividade autodirigida, o objetivo da automutilação não é o suicídio, mas sim a relativização física da dor psicológica e emocional. Há, todavia, o perigo real das consequências de um corte feito com mais profundidade numa zona perigosa, até porque, a dada altura, os indivíduos que recorrem a tal “anestésico” deixam de sentir dor. Em acréscimo, este microssuicídio pode, com a continuidade da frustração de não ser capaz de resolver os problemas, conduzir mesmo ao suicídio. Na base da automutilação está uma muito fraca autoestima e a crença de que o sofrimento é merecido.

A autopunição física é um sinal disto mesmo. Ao contrário do que se possa pensar, este não é um comportamento exibicionista, pois, na sua maioria, os sujeitos procuram áreas do corpo mais escondidas e que possam ser cobertas com peças de vestuário para esconderem as suas cicatrizes. Paralelamente, os atos são praticados na intimidade do quarto e da casa de banho, longe dos olhares de terceiros.

Os indivíduos com esta doença podem recuperar e (re)aprender a viver de uma forma serena, calma e equilibrada no presente.

A abordagem terapêutica para este tipo de dependência é efetuada através do modelo terapêutico Change & Grow® aplicado nas mais diversas formas de terapia individual e grupal. É vital para o sucesso do tratamento que o indivíduo aceite a doença, liberte o passado, defina objetivos para o futuro e desenvolva estratégias de coping de prevenção à recaída. A duração deste processo terapêutico, em regime de internamento, desenvolve-se entre um período aproximado de 90 a 150 dias. Após o tratamento é sugerida a frequência regular dos grupos terapêuticos mensais de Aftercare.

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